quinta-feira, 11 de abril de 2013

ROTINA NA AULA SÓCIO CONSTRUTIVISTA



1. Leitura compartilhada - O professor lê todos os dias para os alunos, vários tipos de textos como: notícias, contos, poesias, histórias, fábulas, etc.

Lê por prazer, sem cobrar atividades nenhuma após esta leitura.

Objetivos: Professor enquanto modelo de leitor. Desenvolver no aluno o prazer pela leitura.

2. Roda de conversa - Professor e alunos conversam sobre assuntos variados.

Objetivos: Desenvolver no aluno a competência/oralidade. Falar o que pensa em grupos diversos, ouvir e respeitar as falas e pensamento de outras pessoas, dialogando, trocando, sendo crítico, etc.

Pode-se propor ao final o registro num texto coletivo do assunto debatido. O texto deve ser curto ( de preferência um parágrafo).

Sugestão: Criar caixas na sala com temas variados e neste momento, um destes temas, uma notícia, por exemplo, é sorteada.



3. Agenda - Atividade de cópia de texto com função social na língua (letramento)

Objetivos: Desenvolver técnicas de escrita (escrever da esquerda para a direita na linha, com capricho, etc.), além de registro diário das atividades realizadas durante a aula para acompanhamento dos pais.



4. Atividades de leitura - Esta atividade e imprescindível para a alfabetização. Todos os dias os alunos deverão desenvolvê-la. Lembre-se o bom escritor é antes um bom leitor. Deve ser realizada preferencialmente com textos que já sejam do domínio dos alunos que ainda não sabem ler convencionalmente.

Objetivos: Ler quando ainda não sabe ler (convencionalmente). Ajustar o falado ao escrito. Desenvolver a leitura.

Atividades de leitura: Leitura de ajuste, localizar palavras no texto (iniciar com substantivos) Ordenação de textos (frases, palavras), palavras cruzadas, caça. - palavras, adivinhas, localização de palavras nos textos, roda de leitura, roda de poesia, empréstimo de livros, projetos de leitura, etc.

É fundamental que intervenções tais como o trabalho com a letra inicial e final das palavras sejam feitas constantemente.



5. Atividades de escrita - Só se aprende ler, lendo e só se aprende a escrever, escrevendo. Copia é uma coisa, produção de escrita é outra. Na atividade de escrita, a criança escreve do jeito que ela sabe (hipótese de escrita) e o professor faz intervenções necessárias em relação à escrita, direto com o aluno.

Objetivos: Avançar na reflexão da Língua. Resolver a letra a ser usada (qualidade de letra), quantas letras usar (quantidade de letras), escrever textos com sentido (inicio, meio e fim), revisar ortografia e gramática, etc.

Atividades de escrita: Propor atividades de escrita com o alfabeto móvel completar textos (lacunas no início ou no final da frase), produção escrita de textos individuais e coletivos (listas, histórias, contos, etc.), reescrita de texto que se sabe de cor, revisão de textos, palavras cruzadas (sem banco de palavras), etc.



6. Atividade móvel - Este espaço é para que cada professor trabalhe de acordo com sua turma, jogos matemáticos, sala de leitura; Ciências, Estudos Sociais, Recreação e Artes.

É importante lembrar que nosso dia-a-dia escola, devemos estar desenvolvendo atividades de caráter interdisciplinar e transdisciplinar.



7. Atividade de casa - A atividade de casa é alvo de dúvidas e críticas por parte dos pais e dos professores (ou porque não tem "dever de casa" ou porque tem “dever de casa” demais ou porque “os alunos não fazem o dever”, etc.). O ideal é que a atividade de casa, planejada com antecedência, seja um desafio interessante, difícil, mas possível, que o aluno possa resolver sozinho.

Objetivo: Criar o hábito de estudar fora da escola, desenvolver a autonomia e a auto-aprendizagem.

Atividades de casa - Cruzadinha, caça-palavras, empréstimo de livros (6◦ feira trazer na 2◦ feira), leitura de textos e posterior ilustração, coletar rótulos, ler algo interessante e trazer para sala de aula, coletar materiais de sucata, observar fenômenos da natureza para posterior relato, pesquisas orais e escritas, etc.

Fonte: Curso FAP (Prefeitura Municipal de Duque de Caxias)

Brincando com nomes próprios



O trabalho com nome próprio tem se mostrado muito eficiente no processo de aquisição de alfabetização porque o nome da criança é o primeiro modelo estável de escrita além de possuir um significado real e particular para o aluno. Atividades de reflexão sobre a escrita, análise e comparação de letras, sílaba inicial e final podem e devem acontecer já na fase inicial da alfabetização.
Uma sugestão bem legal é brincar de fazer rimas com os nomes da turma a partir de um texto como o que segue abaixo:
INFÂNCIA

ANINHA
PULA AMARELINHA
HENRIQUE
BRINCA DE PIQUE
MARÍLIA
DE MÃE E FILHA
MARCELO
É O REI DO CASTELO
MARIAZINHA
SUA RAINHA
CAROLA
BRINCA DE BOLA
RENATO
DE GATO E RATO
JOÃO
DE POLÍCIA E LADRÃO
JOAQUIM
ANDA DE PATINS
TIETA
DE BICICLETA
E JANETE
DE PATINETE.
LUCINHA!
EU ESTOU SOZINHA.
VOCÊ QUER BRINCAR COMIGO?

Sônia Miranda. Pra boi dormir.
Rio de Janeiro: Record, 1999.

PALAVRAS COLORIDAS






PARTICIPANTES: GRUPO DE QUATRO ALUNOS

MATERIAL: LETRAS EM TIRAS DE PAPEL COLORIDO.

UM DADO COM OS LADOS DAS MESMAS CORES DAS TIRAS.

QUADRO DE PREGAS INDIVIDUAIS.



REGRAS:

Cada aluno recebe um quadro de pregas e na sua vez de jogar lança o dado. De acordo com a cor sorteada o aluno escolhe uma das fichas de letra com a cor correspondente. O aluno coloca a letra no quadro de pregas.
A professora indicará de quantas letras deverá ser formada a palavra. O número de jogadas do dado para cada participante deverá ser de acordo com o número de letras determinado pela professora. Vence o que formar a palavra primeiro. Tendo empate a professora poderá aumentar o número de jogadas.

As letras variam de número e cor para dificultar a formação.
 
O JOGO PODE SOFRER MODIFICAÇÕES DE ACORDO COM O OBJETIVO DO PROFESSOR.

As "desaprendizagens" do professor



As ações de nós professores em sala de aula baseiam-se, há séculos, em crenças fortemente sedimentadas. Essas crenças alimentam o que podemos chamar “hábitos de resistência” a uma mudança mais profunda em nosso fazer. Tal resistência nada mais é do que o sinal claro de que não sabemos outra forma de caminhar. Temos que desaprender. As desaprendizagens de hábitos, há muitos séculos enraizados por parte do professor, passam, necessariamente, pela mudança das crenças limitantes que alimentam “tais raízes”



Quer saber mais?
Leia esta matéria na íntegra no sítio: www.appai.org.br/revistaappaieducar

Como agrupo meus alunos?



Em duplas, trios, quartetos... Para definir a melhor alternativa, é necessário, antes de mais nada, diagnosticar o que cada um sabe sobre o conteúdo. Como forma de ajudar nessa tarefa essencial para a aprendizagem, respondemos a 13 questões sobre o tema...

Muito interessante esta matéria publicada pela Nova Escola que está disponível em:

http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/interacoes/como-agrupo-meus-alunos-427365.shtml?page=1

Faz sentido oferecer textos a estudantes não-alfabetizados?





Canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga, pode acompanhar com o dedinho as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é Atirei o Pau no Gato, ele tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as palavras - sempre acompanhado pelo professor. O leitor eficiente só inicia a leitura depois de observar o texto, sua forma, seu portador (revista, jornal, livro etc.) e as figuras que o acompanham e imaginar o tema. Pense que você nunca viu um jornal em alemão. Mesmo sem saber decifrar as palavras, é possível "ler". Se há uma foto de dois carros batidos, por exemplo, deduz-se que a reportagem é sobre um acidente. Ao mostrar vários gêneros, você permite à criança conhecer os aspectos de cada um e as pistas que trazem sobre o conteúdo. Assim, ela é capaz de antecipar o que virá no texto, contribuindo para a qualidade da leitura.

Bingo dos contos de fadas



Este bingo é muito bom para trabalhar a leitura e funciona como um jogo da velha. Quem conseguir marcar primeiro uma carreira de três contos grita "bingo" e vence a partida.
Os mesmos contos aparecem em todas as cartelas em posições variadas, mas em algumas situações é possível que mais de um jogador feche uma carreira com os mesmos contos, em posições diferentes, ao mesmo tempo.
O jogo foi pensado para um grupo de quatro participantes, sendo que um componente canta o bingo e os outros marcam suas cartelas.

Obs.: Ao reproduzir as cartelas deve-se reproduzir uma a mais para recortar em fichas.



Leitura e Escrita de Nomes Próprios




O nome próprio é um modelo estável de escrita. O trabalho com nomes informa as crianças sobre as letras, a quantidade, a posição e a ordem delas; permite o contato com diferentes sílabas e diferentes tamanhos de palavras, além de favorecer a aquisição da base alfabética.

Objetivo
Registrar e reconhecer o próprio nome e dos/as colegas. Reconhecer o uso funcional do texto.

Desafios colocados aos alfabetizandos/as
Tentar ler antes de saber ler convencionalmente.
Estabelecer correspondência entre partes do oral e partes do escrito, ajustando o que sabem de corà escrita convencional.
Acionar estratégias de leitura que permitam descobrir o que está escrito e onde.

Sugestões de atividades
Jogos: bingo, dominó, caça-nomes, cruzadinha, quebra-cabeça, forca e lacunado com os nomes dos/as alfabetizandos/as.
Montar nomes com alfabeto móvel.
Caixa de palavra-texto (nomes dos alunos) para realização de leituras diárias.
Lista dos nomes dos/as alfabetizandos/as, dos/as professores/as ou funcionários/as da escola.
Classificar nomes dos/as alfabetizandos/as de acordo com: número de letra, de sílaba.
Identificar letras do próprio nome em embalagens e rótulos.
Criação de novos nomes a partir das primeiras sílabas de um e das últimas de outro, por exemplo:
ROBERTO – ROMÁRIO; PAULA – LARISSA.
Procurar nomes escondidos dentro de outros nomes, por exemplo. LUCÉLIA = LU + CÉLIA; JULIANA = JULIA + ANA.
Transformação de nomes: nomes femininos em masculinos ou vice-versa – ANGELA = ANGELO; nomes em seus diminuitivos ou aumentativos – PAULO = PAULINHO = PAULÃO;nomes em plural – CLARA = CLARAS.

Leitura e Escrita de Listas





As listas são as primeiras formas expositivas de texto. O trabalho com listas favorece a aquisição da base alfabética; possibilita a reflexão entre as hipóteses de escrita do/a alfabetizando/a e a escrita convencional das palavras, promovendo o conflito cognitivo.

Objetivos
. Favorecer a aquisição da base alfabética (dos/as alfabetizandos/as não-alfabéticos/as) e da base
ortográfica (dos/as alfabetizandos/as alfabéticos/as). Possibilitar a escrita de textos em forma de
lista e o reconhecimento o seu uso funcional.

Sugestões de atividades
. Listar as palavras dos textos trabalhados, classificando-as de acordo com: a primeira e última letra; número de letra e de sílaba, vogais e consoantes, primeiras e últimas sílabas.

. Lista de nomes de animais, frutas, verduras, cores, plantas, objetos, brinquedos, brincadeiras,
super-heróis, novelas, filmes, time de futebol, etc.

. Lista de nomes dos/as alfabetizandos/as da classe, dos/as professores/as ou dos/as funcionários/as da escola.

. Lista de nomes dos/as alfabetizandos/as presentes ou ausentes; dos aniversariantes do mês.

Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SMEC
Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico – CENAP

O ditado pelas crianças... como seria? Eu escriba?




Quando as crianças ditam e você escreve há uma oportunidade especial para que MUITOS conteúdos de Língua Portuguesa sejam mediados com tranqüilidade. Para isso é preciso:

a) selecionar pequenos textos (ou versos, adivinhas de duas linhas) que eles saibam de cor;

b) organizar o ditado para que todos ditem em conjunto e em tom de voz bem audível;

c) vc escrever falando em voz alta e ajustando a FALA à ESCRITA;

d) ler, apontando, o que já escreveu e reorganizar a parte que ainda precisa ser ditada pelos alunos.

e) Para concluir, encaminhar a leitura com toda a turma, diversas vezes e até colocá-los em situação de leitura individual, se for o caso (se o desenvolvimento das cças permitir).

Esse tipo de encaminhamento sistematiza os seguintes conteúdos de Língua:

Função social da escrita (escreve-se para alguém ler, com determinada intenção)

Relação oralidade/escrita (a linguagem falada pode ser representada pela escrita)

Idéia de representação (há várias formas de se representar as idéias e os objetos, mas a escrita representa os sons da fala e não os bjetos/idéias que as palavras representam)

Escrita como sistema de representação (a linguagem escrita não se caracteriza apenas como a transcrição gráfica da fala, é articulada através de convenções específicas, símbolos que formam um complexo sistema)

Alfabeto como conjunto de símbolos próprios da escrita (com apenas 23 letras – além do K,Y,W - combinadas apropriadamente é possível escrever qualquer palavra)

Outros sinais da escrita: os diacríticos - acentuação, sinais gráficos e de pontuação (além das letras, o sistema de escrita utiliza outros símbolos para veicular idéias adequadamente)

Relação grafema/fonema (como se combinam letras e sons)

Direção da escrita (escreve-se, geralmente, da esquerda para a direita e de cima para baixo)

Espaçamento entre as palavras (as palavras escritas, contrariamente à oralidade, necessitam de um espaço entre si)

Unidade temática (todas as partes do texto estão relacionadas entre si e com uma unidade de sentido maior: a intenção, o tema, o assunto)

Recontando uma história com Tangram Atividades: Confecção dos personagens da história (gatos) com Tangram.




Objetivos: 
a) Conhecer uma história e seus personagens, refletir sobre ela.
b) Confeccionar os personagens criativamente, utilizando-se do Tangram.
c) Recontar a história com os personagens (tetro de fantoches).

Desenvolvimento:
a) Mostre aos alunos um Tangram (quadrado dividido em sete partes). Fale sobre as formas o compõe (triângulos, quadrado e trapézio). Fale sobre a história do Tangram e mostre os tipos de Tangram que existem.
b) Divida os alunos em grupos e peça que criem com o Tangram (quadrado dividido em 7 partes). Socializar.
c) Vão aparecer: gatos, cachorros, pessoas, casas, barcos, peixes, etc.
d) Leia o livro: “Era uma vez um gato xadrez” de Bia Villela. Converse com as crianças sobre a história.
e) Proponha que façam os gatos da história (preto, branco, vermelho, amarelo, verde, azul, colorido, xadrez, etc).
f) Recontem a história mostrando os personagens de acordo com o desenrolar dela. Conversem sobre a atividade.
g) Sugira aos grupos que escolham outras histórias, leiam, selecionem os personagens, recriem com Tangram e apresentem aos demais grupos.
h) Conversem sobre todo o processo desde o início: o conhecimento da história do Tangram, os tipos de Tangram que foram criados, as possibilidades de criação, a releitura da história “Era uma vez um gato xadrez”, a releitura de outras histórias, enfim, falem sobre tudo o que aprenderam com esse projeto.

Técnicas trabalhadas / Materiais utilizados:
- Gatos – Recorte e colagem em EVA – EVA, Cola para EVA e isopor, Crystal cola, Big Canetas Hidrográficas e Verniz Acrilfix. 


Era uma vez um gato xadrez – Bia Villela

ERA UMA VEZ
UM GATO XADREZ.
CAIU DA JANELA
E FOI SÓ UMA VEZ.


ERA UMA VEZ UM GATO AZUL.
LEVOU UM SUSTO E FUGIU PRO SUL.


ERA UMA VEZ
UM GATO VERMELHO.
ENTROU NO BANHEIRO
E FEZ CARETA NO ESPELHO.


ERA UMA VEZ
UM GATO AMARELO.
ESQUECEU DE COMER
E FICOU MEIO MAGRELO.


ERA UMA VEZ
UM GATO VERDE.
ELE ERA PREGUIÇOSO
E FOI DEITAR NA REDE.


ERA UMA VEZ
UM GATO COLORIDO.
BRINCAVA COM OS AMIGOS
E ERA MUITO DIVERTIDO.


ERA UMA VEZ
UM GATO LARANJA.
FICOU DOENTE
E SÓ QUERIA CANJA.


ERA UMA VEZ
UM GATO MARROM.
OLHOU PRA GATA
E FEZ “ROM ROM”


ERA UMA VEZ
UM GATO ROSA.
COMEU UMA SARDINHA
DELICIOSA.


ERA UMA VEZ
UM GATO PRETO.
ERA TEIMOSO
E BRINCOU COM O ESPETO.


ERA UMA VEZ
UM GATO BRANCO.
ERA TÃO SAPECA
QUE PULOU DO BARRANCO.


ERA UMA VEZ
UM GATO XADREZ…
QUEM GOSTOU DESTA HISTÓRIA
QUE CONTE OUTRA VEZ…